O ônibus é abastecido em um parque solar na UFSC, mas pode ser recarregado em qualquer ponto de carregamento disponível. O projeto foi criado em 2016, com o objetivo de transitar do laboratório de pesquisa e o campus central de uma universidade, sendo o primeiro ônibus elétrico abastecido somente com energia solar. O nome do projeto é eBus e ele transporta diariamente professores e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina. No ano de 2022, o ônibus atingiu mais de 120.000 quilômetros rodados. O objetivo desse projeto, é servir de inspiração para outras linhas de transporte em todo o Brasil.
Como o objetivo era criar uma forma sustentável e barata de deslocamento, o eBus, funciona também como uma estação de trabalho móvel ou uma sala de reuniões, com mesas, poltronas, tomadas de energia e wi-fi. O resultado aconteceu conforme o esperado, mas o que chamou a atenção de todos, foi o custo por quilômetro rodado, chegando a custar apenas 25% comparado com mesmo modelo a diesel.
Por ser um veículo 100% movido a energia elétrica, a energia apenas é consumida quando o ônibus está em movimento, apenas os sistemas auxiliares consomem energia, como o ar-condicionado. Para carregar o ônibus, é necessário apenas 1 hora no final de cada trajeto entre a universidade e o laboratório. O ônibus é carregado pelas placas solares instaladas no centro de pesquisa, mas o carregamento pode ser feito em qualquer fonte de carregamento elétrico.
“Nós temos uma necessidade de uma nova fonte de energia para gerar essa eletricidade, que, por sua vez, pode ser gerada nos telhados das edificações urbanas. Você não precisa ter placa solar no próprio ônibus ou no próprio veículo”
O ônibus também conta com a energia o chamado “freio regenerativo”, que funciona assim: Toda vez que motorista tira o pé do acelerador, ou pisa no pedal do freio, as bateria são recarregadas pela energia cinética, que é gerada pelo movimento do ônibus. Estima-se que até 30% da energia do ônibus vem dessa forma de carregamento. O professor Ricardo Rüther destaca o investimento inicial no projeto como a principal barreira para a ampliação. O custo das baterias de lítio e do motor elétrico são muito altos e a construção do eBus foi três vezes mais cara do que o mesmo modelo a diesel.
